HUÍLA: TRABALHADORES HUILANOS CELEBRAM O 1º DE MAIO COM APELO À DIGNIFICAÇÃO E VALORIZAÇÃO LABORAL
Lubango – Sob o lema “Angola 50 anos: “Trabalhadores e Trabalhadoras Unidos para o Alcance do Trabalho Digno e Justiça Social”, os trabalhadores da Província da Huíla celebraram, nesta quinta-feira, o Dia Internacional do Trabalhador com um acto público no Largo do Rio Mucufi, na cidade do Lubango.
A cerimónia foi presidida pelo secretário provincial da União Nacional dos Trabalhadores de Angola - Confederação Sindical (UNTA-CS), Bernardo Cambundo, e contou com a presença da Directora do Gabinete Provincial dos Recursos Humanos, Paulina Gomes, em representação do Governador da Huíla, Nuno Bernabé Mahapi Dala. Estiveram ainda presentes representantes sindicais, autoridades tradicionais, responsáveis de gabinetes provinciais e membros das forças de defesa e segurança.
Durante o evento, os trabalhadores entoaram palavras de ordem como "Com o sindicato, o trabalho é mais seguro" e "Dignificar o trabalhador é apostar no desenvolvimento", e sublinharam a importância da união da classe e da luta contínua por melhores condições de trabalho.
Na intervenção, Bernardo Cambundo, destacou que o 1º de Maio representa uma das maiores conquistas do movimento sindical internacional, símbolo da unidade, da solidariedade e da resistência dos trabalhadores por direitos laborais, sociais e pela redução da jornada de trabalho.
O líder sindical enfatizou ainda que os sindicatos continuam a desempenhar um papel fundamental na defesa dos direitos dos trabalhadores, com foco na melhoria das condições laborais, na actualização salarial periódica e na reclassificação funcional. Destacou também a necessidade do cumprimento integral do Acordo Trienal para a Valorização dos Trabalhadores, reforçando a importância do diálogo social com o Executivo, no contexto da nova arquitetura remuneratória.
Os sindicatos saudaram o Governo pelo início da implementação do aumento salarial de 25%, com a meta de atingir os 100% até 2027 e reconheceram os avanços na actualização das categorias na função pública, embora tenham apontado ainda persistirem queixas em determinados sectores.
A defesa de princípios fundamentais como a proibição de despedimentos injustificados, a assinatura colectiva de acordos de trabalho, e a criação de condições adequadas de higiene e segurança nos locais de trabalho, com vista à prevenção de acidentes e doenças profissionais, também foram questões levantadas.